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O dia 10 de setembro é marcado como o Dia Internacional da Prevenção do Suicídio. Além da data, todos os meses de setembro é utilizado como uma época de conscientização sobre o tema ao redor do mundo.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 90% dos casos de suicídio podem ser evitados, e um dos principais meios de prevenção é o diálogo. Devido ao medo, preconceito e até desconhecimento sobre o assunto, o suicídio é um mal silencioso, em que, na maioria das vezes, a pessoa não deixa transparecer comportamentos com tendência suicida.

Claro que o ideal é buscar um profissional para o tratamento da pessoa que apresenta esses problemas, mas, como a resistência pela procura de auxílio é comum, a ajuda de quem convive com elas pode fazer a diferença.

O suicídio é o resultado de uma convergência de fatores de risco genéticos, psicológicos, sociais e culturais e outros, às vezes combinados com experiências de trauma e perda. Pessoas que tiram a própria vida representam um grupo heterogêneo, com influências causais únicas, complexas e multifacetadas que precedem seu ato final. Essa heterogeneidade apresenta desafios para os especialistas em prevenção de suicídio. Esses desafios podem ser superados pela adoção de uma abordagem multinível para a sua prevenção.

Todos os anos, o suicídio aparece entre as 20 principais causas de morte em todo o mundo para pessoas de todas as idades. Cada vida perdida representa um parceiro, filho, pai, mãe, amigo ou colega de alguém. Para cada suicídio, aproximadamente 135 pessoas sofrem intenso luto ou são afetadas de outra forma. Isso equivale a 108 milhões de pessoas por ano que são profundamente afetadas pelo comportamento suicida. O comportamento suicida inclui suicídio e também engloba ideação suicida e tentativas de suicídio. Para cada suicídio, 25 pessoas fazem uma tentativa de suicídio e muitas outras têm pensamentos sérios de suicídio.

A prevenção do suicídio requer o esforço de todos: família, amigos, colegas de trabalho, membros da comunidade, educadores, líderes religiosos, profissionais de saúde, funcionários políticos e governos e requer estratégias integrativas que englobem o trabalho no nível individual, de sistemas e da comunidade.

Pesquisas sugerem que os esforços de prevenção do suicídio serão muito mais eficazes se abrangerem vários níveis e incorporarem várias intervenções. Isso requer intervenções nas comunidades e envolvem reformas sociais e políticas. Para alcançar o objetivo comum de prevenção do comportamento suicida, organizações, legisladores e membros da sociedade devem trabalhar de forma colaborativa e coordenada, utilizando uma abordagem multidisciplinar.

No Brasil são registrados cerca de 12 mil suicídios todos os anos. Cerca de 96,8% dos casos estavam relacionados a transtornos mentais. Em primeiro lugar está a depressão, seguida do transtorno bipolar e do abuso de substâncias. Com esses números, o suicídio encontra-se entre as três principais causas de morte em indivíduos com idade entre 15 e 29 anos no mundo.

Sinais de alerta do suicídio:

É possível aumentar a conscientização sobre o problema do suicídio com ferramentas fáceis para ajudar a si mesmo e aos outros.

Conheça as cinco etapas que podem salvar vidas:

PERGUNTE se a pessoa está pensando em suicídio. OUÇA sem julgar. Deixe a pessoa falar sem interrupção e faça com que ela se sinta ouvida. RESPONDA com gentileza e cuidado. Leve a pessoa a sério. ACOMPANHE a pessoa e ofereça apoio na transição da crise para a recuperação (Tente acompanhá-la nas primeiras 24-48 horas após uma crise).

Fontes:
International Association for Suicide Prevention (IASP)
Ministério da Saúde. Suicídio: saber, agir e prevenir: cartilha com dicas para profissionais de saúde e população
Organização Panamericana de Saúde
Rádio Senado
Take 5 to Save Lives

Você sabia que a alegria e a tristeza também têm sua origem bioquímica no laboratório que carregamos dentro de nós? Através da “Nutrição Inteligente” podemos dar uma “mãozinha” nessa bioquímica.

Alguns alimentos fornecem nutrientes e substâncias que participam da produção dos neurotransmissores, mensageiros químicos que favorecem a comunicação entre as células do Sistema Nervoso. Veja a seguir que alimentos você pode incluir no seu dia-a-dia e assim ajudar a espantar a depressão.

Triptofano e Carboidratos bem humorados

Dos vários neurotransmissores, a serotonina exerce grande influência no estado de humor. Ela é também conhecida como a substância “mágica” e “sedativa” que melhora o humor de um modo geral, principalmente em pessoas com depressão.

Os níveis cerebrais de serotonina são dependentes da ingestão de alimentos fontes de triptofano (aminoácido precursor da serotonina) e de carboidratos.

A ingestão de carboidratos leva ao aumento nos níveis de insulina, que auxiliam na “limpeza” dos aminoácidos circulantes no sangue. Nessa limpeza de aminoácidos só escapa o triptofano na barreira hematoencefálica.

O triptofano, uma vez no cérebro, aumenta a produção de serotonina que é o neurotransmissor capaz de reduzir a sensação de dor, diminuir o apetite, relaxar e até induzir e melhorar o sono.

Uma alimentação pobre em carboidratos, por vários dias, pode levar a alterações de humor e depressão, assim como uma alimentação com excesso de proteínas.

O caminho é o equilíbrio! Nem de menos, nem de mais.

Fontes de triptofano: carnes magras, peixes, leite e iogurte desnatados, queijos brancos e magros, nozes e leguminosas.

Fontes de carboidratos: pães, cereais integrais, biscoitos integrais, massas integrais, arroz integral e selvagem, frutas, legumes e chocolate amargo (com moderação).

O aminoácido Triptofano, um precursor natural da serotonina, é umas das substâncias que têm acesso livre para o cérebro. Faz com que o neurotransmissor serotonina seja produzido naturalmente, equilibrando o fluxo desse neurotransmissor nos neurônios, contribuindo para eliminar várias doenças relacionadas à sua baixa: Síndrome do Pânico, Depressão, Transtorno Obsessivo Compulsivo, Transtorno de Ansiedade Generalizada Transtorno Fóbico Social, e Transtorno Bipolar.

Mindset é um livro voltado para quem já entrou no mundo do autoconhecimento, que já navega por algumas águas menos rasas, porque devolve a cada leitor (a) a chave da responsabilidade pelos atos e consequências. Vale a leitura com pausas devidas e reflexões.

A autora enfatiza que através do poder da atitude mental é possível determinar se sua vida será um fracasso ou um sucesso. E é justamente, essa “atitude” que é chamada de mindset, enfatiza que o sucesso depende da maneira como cada um lida com os seus pensamentos – sobre si e sobre os outros. Portanto, ser uma pessoa de sucesso depende da sua mentalidade, ou seja, do padrão mental que você escolhe adotar para “governar” sua vida.

Os dois modelos citados no livro são:

Mindset fixo – pessoas com este perfil, acreditam que seus traços, talentos e comportamentos são fixos, imutáveis. Isso significa que, se você acredita que nasceu de um jeito e jamais pode mudar, dificilmente vai tentar desenvolver uma nova habilidade, pois sua crença está limitando seu desenvolvimento.

Mindset de crescimento – Em contrapartida, temos o mindset de crescimento, que por sua vez, diz respeito às pessoas que acreditam que podem evoluir em qualquer área da vida, desde que adotem atitudes e padrões que favoreçam seu crescimento pessoal e profissional.

Quem tem um mindset de crescimento sabe que pode desenvolver qualquer talento; habilidade e; traço da personalidade. Para tal, basta se esforçar muito e trabalhar arduamente. Decerto, essa opção é mais difícil, pois requer energia, tempo e disposição. Mas, as pessoas que fazem parte desse segundo grupo, são as pessoas que realmente obtém sucesso em tudo o que fazem.

Todos os obstáculos fazem parte do caminho. E cada nova derrota, na verdade, é um aprendizado. Ou seja, uma nova oportunidade para a evolução!

Douglas Brito

Oniomania – é o nome clínico deste transtorno psicológico, mais conhecido como consumismo compulsivo.

Esta patologia – compulsão por compras foi considerada uma doença apenas recentemente, na década de 1980. Não existem estudos que comprovem as causas dessa doença, mas há algumas possibilidades. Uma delas está relacionada com a história comportamental da família do indivíduo. “É muito comum encontrar, na família dos compradores compulsivos, pessoas com problemas relacionados ao controle dos impulsos, como jogo, bebida e sexo”.

É um transtorno psicológico muito comum que tende a ser sinal de carências e dificuldade nos relacionamentos interpessoais. Pessoas que compram muitas coisas, que muitas vezes são desnecessárias, podem sofrer de problemas emocionais mais graves e devem procurar algum tratamento.

Estudos anteriores retratavam que afetava mais as mulheres que os homens e tendia a aparecer na maioridade, mas sabe-se por novas fontes que este quadro vem atingindo crianças e adolescentes.

Geralmente, algum outro quadro corrobora substancialmente para que estas pessoas saiam para comprar coisas quando se sentem sozinhas ou decepcionadas, em linhas gerais, mas o vício acaba tomando conta em outros momentos, como alegria, euforia ou tristeza.

Na busca por alguma coisa (simbolicamente para preencher algum vazio) vai tomando conta do momento, das horas, dos dias e da vida dos compulsivos, no afã de encontrarem o item mais importante da sua vida (naquele momento), a roupa, o objeto extremamente necessário e que trará a felicidade novamente, mas a satisfação boa de comprar algo novo logo desaparece e então é preciso comprar outra coisa, tornando o ciclo vicioso.

O tratamento mais indicado para este tipo de compulsão é a psicoterapia, que irá procurar a raiz do problema e, então, a pessoa deixará aos poucos de comprar coisas por impulso.

Com relação às questões subjetivas, são indivíduos mais frágeis emocionalmente, que buscam se encontrarem, seja no consumo, na vestimenta ou na maneira de se apresentar ao outro, elementos que mostrem e valorizem suas características, tentando mostrar alguns valores aos outros que não encontram em si.

Outro aspecto importante que envolvem todos, mais especificamente o gênero masculino, é na questão do suposto poder e reconhecimento de potencialidades que se tornam importantes em alguma fase da vida, mas que, ao observarmos, em todos os casos, nada supre e nem atende plenamente aos interesses dos compulsivos, sempre caem num vazio emocional, existencial, ainda maior do que estavam e ainda pioraram, na maioria das vezes porque levaram o problema para outras esferas.

Principais sintomas

O principal sintoma de oniomania é a compra de forma impulsiva e, na maioria das vezes, de bens supérfluos, mas que não parecer ser para o compulsivo. Além disso, outros sinais e sintomas que podem indicar esse transtorno são:

Tratamento

O comportamento repetitivo e crônico pode gerar consequências negativas para o indivíduo, além dos elevados índices de comorbidades (doenças relacionadas), como transtorno de humor e ansiedade, por exemplo. Muitas vezes as pessoas necessitam de medicação para auxiliar no processo de tratamento, mas eu considero que a parte mais complicada é de se assumir com o transtorno.

O tratamento da oniomania é feito por meio de sessões de terapia, em que buscamos entender e fazer a pessoa entender a razão pela qual consome de forma excessiva, buscando estratégias durante as sessões que estimulem a mudança no comportamento da pessoa.

Quando possível, a terapia em grupo também costuma funcionar e tem bons resultados, pois durante a dinâmica as pessoas que compartilham do mesmo transtorno conseguem expor suas inseguranças, ansiedades e sensações que as compras podem trazer, o que pode tornar mais fácil o processo de aceitação do transtorno e resolução da oniomania.

Em algumas situações, pode ser recomendado que a pessoa também tenha acompanhamento psiquiatrico, principalmente se for identificado que além do consumismo compulsivo, há depressão ou ansiedade, por exemplo. Dessa forma, o psiquiatra pode intervir com o uso de medicamentos específicos.

O ponto central da terapia é “ressignificar” o comportamento compulsivo, buscando outras formas de a pessoa obter recompensas e sentir-se amada que não seja pelo viés do consumo compulsivo.

A diferença entre uma compra compulsiva e compras normais.

A obra conta a história de um homem que está atormentado após perder a filha. Ela desaparece em um passeio de família e, mesmo com indícios fortes de abuso e violência, seu corpo nunca foi encontrado, dando-a como morta. Enquanto sua mulher vive na fé e passa isso a frente para seus filhos, Mack Phillips vê Deus com bem menos amor, devido aos acontecimentos recentes, mas também graças a atos do passado que ainda o assombram.

Um ano depois do ocorrido, ele recebe um chamado para ir até a cabana onde o sangue e vestido de sua filha foram encontrados e pensa estar sendo atraído pelo criminoso que a levou. Porém, o mistério sobre o bilhete é que ele está assinado como “papai”, forma como sua mulher se refere a Deus. Entre confrontar o assassino de sua filha e uma piada de mau gosto, Mack vai até a cabana e não encontra lá exatamente o que esperava.

A Cabana é uma obra sobre a fé.

Não necessariamente de uma religião específica, mas a forma como vemos e lidamos com Deus. Quando tornou-se mais conhecido, com o lançamento do filme e as críticas começaram a sair, vi muita gente massacrando o filme e pondo seus pontos de vista religiosos em cima do desenvolvimento da trama. O grande ponto forte pra mim foi não se vincular exatamente a uma religião e a reação de cada leitor está ligada à sua crença religiosa, portanto, não tem uma única interpretação.

A trama poderia ter sido mais dinâmica, mas manteve uma cadência lenta onde o protagonista caminha de um lado pra outro experimentando coisas diversas e passando por momentos de reflexão, acima de qualquer mensagem religiosa.

Douglas Brito

Autor: Napoleon Hill

O livro, escrito por volta de 1938, introduz o assunto que hoje fala-se bastante: “Master Mind”. Foi proibido por décadas e lançado no início da década de 80, tornou-se rapidamente um best seller, justamente porque chegou ao mercado consumidor no momento em que os livros de autoajuda começaram a ganhar força e passaram a ser livros de cabeceira de muitas pessoas. Ressalvas a parte sobre este assunto, tem lá a sua ajuda porque traz à tona o assunto das mudanças comportamentais que estavam abafadas até então, inclusive o assunto ‘fazer terapia’ ainda era tabu e coisa de pessoas desequilibradas. Depois deste boom dos livros, as pessoas passaram a reconhecer que precisavam e indicar aos amigos e familiares que deveriam fazer, ainda que usada com certa dose de agressividade.

A leitura do livro pede uma certa dose de cuidado, como a esmagadora maioria dos livros deste gênero.

O autor – Napoleon Hill traz à luz alguns conceitos até aquele momento obscuros sobre os ‘poderes mentais’ que possuímos -a partir de nossos pensamentos e comportamentos, mas vale ressaltar que sem orientação pessoal, direcionada para cada pessoa e situação, os riscos se tornarão problemas graves e até insolúveis em vários casos.

Logo no começo, Napoleon comenta que entenderá se o leitor ficar na dúvida se esta entrevista de fato ocorreu mesmo ou não passou apenas de uma conversa entre dois seres que habitam dentro dele (e de cada um de nós), como forças opostas – o bem e o mal.

Ao longo do livro, um dos pontos mais marcantes, foi a questão do ser alienado com a vida, com tudo o que nos cerca e do risco que é para ele, a força do mal, quando deixamos esta característica e nos aventuramos em novas águas, do esclarecimento, da compreensão da sociedade e do mundo que nos rodeia.

A questão “você pode tudo o que quiser!”, não é válida para todos, por várias razões: psicológicas, psiquiátricas, ambientais, estruturais, enfim… eu próprio já fiz uso desta linha de raciocínio no passado, durante o meu trabalho como psicanalista e fui compreendendo que não poderia seguir este caminho do ‘querer é poder’. Precisamos e devemos, sem sombra de dúvidas, avaliar o conjunto, incluindo as potencialidades e capacidades individuais.

Mesmo entendendo que um dos pontos é o fato da repetição ser importante para mudanças de conceitos e implementação de novos, o livro ficou cansativo em boa parte porque a mensagem acabava se perdendo e sinceramente, achei o tal diabo, muito doce nas colocações, para quem se posicionou no início da entrevista como o senhor da razão e detentor de 98% das mentes (dos alienados), foi amenizando as colocações e orientações ao ponto de quase se desculpar por ser quem é.

Contudo, o livros vem no sentido de desmistificar que ‘o mal’ não é um ser isolado de nós, mas sim, que é parte de nosso ser, que pode e deve ser avaliado, ressignificado e ajustado para que possamos fazer o que quisermos, de bom ou de mal, conscientes de cada ato, assumindo os devidos riscos.

Douglas Brito

De leitura fácil e interessante para a maioria das pessoas, este livro nos ensina a colher os frutos de uma atitude mental mais positiva que pode proporcionar efeitos extraordinários no nosso trabalho e na nossa vida, sendo leitura obrigatória para todos aqueles que buscam a excelência em um mundo onde a carga de trabalho, o estresse e o negativismo estão cada vez maiores.

Seis chaves para ser feliz, segundo a Universidade de Harvard

O que você precisa para ser feliz?

A felicidade é um dos temas mais estudados e discutidos em todo o mundo.

Segundo a sabedoria popular, se você se empenhar, terá sucesso, e se tiver sucesso, então poderá ser feliz.

Se você encontrar o emprego dos sonhos, tiver uma promoção, ficar em forma, a felicidade vem.

Ou não?

Recentes descobertas no campo da psicologia positiva mostram que, na verdade, essa fórmula funciona de maneira inversa: a felicidade é o que gera o sucesso, e não o sucesso que gera a felicidade.

Rigorosas pesquisas de psicologia e neurociência, estudos de gestão e resultados financeiros de organizações ao redor do mundo inteiro comprovam repetidamente que quando você é positivo, se envolve mais, fica mais criativo, motivado, energizado e produtivo.

O bom resultado da busca pessoal (e aparentemente infinita) pela fórmula da felicidade passa pelas sugestões de Harvard, mas principalmente pelo autoconhecimento, o que será o ponto mais alto desta busca com resultados bem sucedidos.

Douglas Brito

As atividades de entretenimento e os exercícios físicos contribuem com o bem-estar durante o confinamento

As medidas de isolamento social recomendadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para conter a propagação do novo coronavírus impuseram uma nova rotina a milhões de pessoas. A interrupção do convívio social e a necessidade de implementar cuidados rigorosos com a higiene, associadas ao temor pela contaminação são fatores que desencadeiam e evidenciam sensações que causam o desequilíbrio da saúde física e emocional, necessária para enfrentar os desafios da quarentena.

De acordo com o psicanalista Douglas Brito, o que torna esse período mais complexo é a necessidade do ser humano de viver em sociedade. “O isolamento ficou bem mais facilitado e menos entediante com as facilidades oferecidas pela TV, celulares e principalmente a internet, embora a incorporação dessas tecnologias no dia a dia esteja dando a impressão de que não temos entretenimentos. O resgate de atividades lúdicas e formas mais ‘rudimentares’, como a leitura de livros, jogos de tabuleiros e conversas em família têm sido utilizado com sucesso”, comenta.

Ele explica que a não assimilação da realidade foi marcante no primeiro momento do isolamento social, seguida pelas sensações de ansiedade, pânico e fobias, que acabaram perdendo força para algumas pessoas, quando não se concretizou a perspectiva de mortes em massa. “Por outro lado, estamos em uma etapa na qual os quadros depressivos têm tomado forma nos comportamentos. A depressão e todos os sentimentos merecem atenção, afinal, são questões individuais que, ao serem somadas, representam a sociedade em que estamos inseridos”, destaca.

A não assimilação da realidade foi marcante no primeiro momento do isolamento social, seguida pelas sensações de ansiedade, pânico e fobia.

Douglas ressalta que implementar uma rotina com exercícios físicos é fundamental para promover o bem-estar e amenizar os problemas que surgem nesse período. A prática de exercícios favorece o funcionamento geral do corpo e a oxigenação do cérebro, dificultando substancialmente o aparecimento de quadros ansiosos e depressivos. A exposição ao sol, fonte primária de vitamina D, dentro das recomendações médicas, aliada às condições de entretenimento disponíveis, também proporciona benefícios à saúde física e mental.

“Muitos sentimentos estão se apresentando agora porque estavam camuflados em diversas situações, como falta de tempo, multitarefas e uma infinidade de desculpas para não tratar questões emocionais e comportamentais. Mas se soubessem o quanto a vida fica facilitada quando passam a se conhecer, assumindo suas características, medos e até entendendo os motivos dos supostos prazeres – com a ajuda de um profissional experiente e qualificado – entenderiam que tudo isso é muito gratificante”, garante.

Qual a diferença entre a agitação natural das crianças e o transtorno de déficit de atenção?

Certos sintomas de desatenção e hiperatividade ansiosa podem ser considerados normais em crianças que acabaram de passar por situações traumáticas como a perda de uma pessoa querida ou alguma frustração importante. Nesses casos, em geral as manifestações são passageiras. O que os diferencia do TDA – transtorno de déficit de atenção é a duração do problema. Fique atento e verifique se a “inquietude” é insistente, com mais de 5 ou 6 meses. Pode ser sinal de que a desatenção é provocada não por questões pontuais, mas por distúrbios mais profundos.

A consultora diz que a principal característica dos alunos que possuem TDA – transtorno de déficit de atenção é a dificuldade de se concentrar, de manter o foco. ”Não param quietos e são confusos na organização das ideias e dos trabalhos. Fogem das tarefas que exigem esforço mental e se esquecem de cumprir atividades diárias. Em sala de aula, causam a impressão de que não escutam uma palavra do que é dito, pois estão sempre dispersos, “no mundo da lua”. Em geral passam de uma atividade a outra sem se concentrar em nenhuma delas e sem terminá-las”.

Os alunos que apresentam esta síndrome distraem-se com qualquer estímulo, com uma buzina de automóvel ou uma pessoa que passa. Em brincadeiras e jogos, não dão atenção às regras, se mexem na cadeira, falam demais e interrompem quem está falando. Enfim, estão sempre “a mil”. É comum estes estudantes serem excluídos do grupo e os professores perderem a paciência com eles. Por isso, não espere resolver o problema sozinho, será sempre trabalho multidisciplinar.

Como lidar:

Será que é o ‘outro’? ou este ‘outro’ sou eu?

Quando o egocentrismo e a manipulação são fruto de uma personalidade patológica.

A palavra Narcisismo (e suas variações) está presente em nosso vocabulário, principalmente quando associada às redes sociais. Vivemos na era do narcisismo. Como sobreviver no mundo do eu, eu, eu…

Não quero usar os termos de uso comum, mas sim na patologia que ela é, pois a personalidade narcísica é um problema que pode ser grande, e em vários níveis.

Alguns traços são bem marcantes e começarei com a busca de um profissional para identificar. Mas, e para encontrar? Já que quem está pensando no assunto (ou deveria estar), só está porque alguém está insistindo no tema, dificilmente é pela vontade própria, de se conhecer. Daí segue o próximo problema: quem irá ser o profissional competente à altura de identificar, conversar e tratar, atendendo às altas expectativas do ser em questão, já que este profissional tem que ser de reconhecido prestígio e estar altamente capacitado para atendê-lo(a).

Quando estas etapas são atendidas, durante o acompanhamento terapêutico, o narcisista começa a desenvolver a sua inteligência emocional, buscando os pontos que precisam ser controlados: sentimentos, raivas, sofrimentos, intolerância, etc.

Passada esta fase bem crítica do tratamento, vamos identificando as suas qualidades e capacidades em sua justa medida, entendendo e aceitando as críticas, desenvolvendo a autoestima e encontrando objetivos bem mais realistas.

Um dos pontos críticos dos narcisistas, é que a relação com eles pode ser muito tóxica. E digo mais: para ambos!

Com grande naturalidade, os narcisistas são arrogantes e prepotentes, principalmente porque acreditam que são únicos, especiais e donos e senhores de uma existência maravilhosa que está muito longe da que os demais poderiam sequer imaginar, que só eles sabem fazer coisas (qualquer coisa), o que costuma também causar exaustão porque se sobrecarregam de responsabilidades e compromissos, afinal quando uma coisa precisa ser feita, ninguém faz melhor mesmo…. deixa que eu faço! Em outros momentos, acham que aprendem qualquer coisa com extrema facilidade, e também podem ser frustrar com estas atitudes, porque podem, como todos, não ter afinidade ou conhecimento prévio sobre o assunto.

Existe um conceito latente: “A grandeza de sua personalidade e de sua vida os leva a pensar que não podem se relacionar com qualquer um, que devem procurar pessoas de sua categoria”. Daí surgem problemas nos relacionamentos, principalmente pela falta de compreensão do outro ou de empatia.

Em muitos momentos, até sabem de alguns defeitos, que são exagerados em habilidades e até mesmo em sofrências, mas a necessidade de serem percebidos e admirados é muito maior que estas percepções e seguem na busca, por vezes inconsciente, de se sobressaírem, até exagerando certas conquistas, e a soma destes pontos os tornam insuportavelmente competitivas.

Também acreditam que suas experiências têm mais valor do que a dos demais, e sentem que devem ser o exemplo para aqueles que os rodeiam. Não fazem isso para dar conselhos, mas para ser o centro do discurso. Isso faz suas relações sociais se deteriorarem e então precisam de novos contatos que os admirem.

Questões como capacidade de ouvir e empatia, até buscarem o autoconhecimento, não são pontos conhecidos ou usados.

Nas suas relações pessoais e sociais impera a inveja, tanto que a sentem pelas conquistas alheias como pela que acreditam que os outros têm por suas conquistas.

Costumam mentir, muitas vezes para enfatizar a importância do fato que está relacionado e isso acaba sendo uma das muletas dos narcisistas.

“Sucesso ilimitado, essa fantasia que os acompanha”.

Criadores contumazes de realidades paralelas, “A maior parte do tempo não vivem na realidade”. Seus conceitos errados sobre suas capacidades os colocam em um mundo de fantasias e de poder sobre os demais. A única coisa que fazem, com a esperança de alcançar o sucesso a todo custo, é enganar a eles mesmos e aos demais.

Também costumam ser viciados em controle, até para que sua insegurança e falta de autoestima não fiquem evidentes.

Com grande frequência, costumam dizer que as redes sociais são um campo perfeito para o narcisismo, o que não é verdade, nem no seu próprio conceito. Expressa isso porque não é um lugar confortável porque é um mundo que não podem controlar. Sua personalidade não tolera críticas, e por fim saem da rede social porque não aguentam, além disso, são incapazes de assumir a realidade crua, que os selfies publicados nas redes não interessam a ninguém.

Como refúgio compensatório para as ‘frustrações’, buscam compensar os sentimentos de dor e frustração pela via dos vícios, seja por compras, álcool, outras drogas, esporte, sexo ou jogo.

Com grande desenvoltura para se aproveitar dos outros, buscam pessoas bem posicionadas para ganhar sua confiança.

Um verdadeiro narcisista nunca se percebe ou aceita o título…

Dr. Douglas Brito
Psicanalista Clínico