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critica

A Cabana

Capa do livro A Cabana

A obra conta a história de um homem que está atormentado após perder a filha. Ela desaparece em um passeio de família e, mesmo com indícios fortes de abuso e violência, seu corpo nunca foi encontrado, dando-a como morta. Enquanto sua mulher vive na fé e passa isso a frente para seus filhos, Mack Phillips vê Deus com bem menos amor, devido aos acontecimentos recentes, mas também graças a atos do passado que ainda o assombram.

Um ano depois do ocorrido, ele recebe um chamado para ir até a cabana onde o sangue e vestido de sua filha foram encontrados e pensa estar sendo atraído pelo criminoso que a levou. Porém, o mistério sobre o bilhete é que ele está assinado como “papai”, forma como sua mulher se refere a Deus. Entre confrontar o assassino de sua filha e uma piada de mau gosto, Mack vai até a cabana e não encontra lá exatamente o que esperava.

A Cabana é uma obra sobre a fé.

Não necessariamente de uma religião específica, mas a forma como vemos e lidamos com Deus. Quando tornou-se mais conhecido, com o lançamento do filme e as críticas começaram a sair, vi muita gente massacrando o filme e pondo seus pontos de vista religiosos em cima do desenvolvimento da trama. O grande ponto forte pra mim foi não se vincular exatamente a uma religião e a reação de cada leitor está ligada à sua crença religiosa, portanto, não tem uma única interpretação.

A trama poderia ter sido mais dinâmica, mas manteve uma cadência lenta onde o protagonista caminha de um lado pra outro experimentando coisas diversas e passando por momentos de reflexão, acima de qualquer mensagem religiosa.

Douglas Brito